A
obra Vidiota do Autor Jerzy Kosinski que retrata a vida de um
jardineiro, a qual se resume a cuidar de um jardim e assistir televisão. Ele
passa a ver o mundo pela tela da TV e sua linguagem vira a expressão deste
condicionamento. Um breve resumo extraído do livro que norteará minhas
reflexões adiante.
A reprodução
de tudo aquilo que assistimos na TV é muito curiosa quando passamos a avaliar o
comportamento do indivíduo atualmente.
O
mais intrigante é que enquanto estamos preocupados com a suscetidabilidade das crianças
às influencias por propagandas e programas de televisão, devido à falta de discernimento,
por ainda estarem em processo de desenvolvimento intelectual, os jovens, aqueles
mais intelectualizados, também estão sujeitos a esse quadro inquietante.
Quadro
que me leva a outros questionamentos partindo da premissa de números
significantes de Pais jovens na sociedade brasileira atual. Como jovens de hoje podem ser Pais se ainda
estão criança? Como podem ensinar seus filhos a avaliarem os
conteúdos televisivos se estão sendo influenciados por eles? E se os filhos
reproduzem o comportamento dos Pais? A resposta é evidente.
Queria
entender melhor a situação para desenvolver com mais clareza o título em
questão. Então, me propus a observar por meia hora, jovens universitários em um
diálogo “cabeça” como se diz. Percebi, então, que todo aquele linguaja comparava-se
ao da novela “Malhação” da TV Globo. Passei minutos acreditando estar “velha”
por não conseguir acompanhar e muito menos compreender o dialeto “moderno” ou
“modista”. Sei lá!
Até
aí sem problemas. Depois notei um processo intrínseco de exclusão automático.
Mais do que nunca, compreendi a necessidade da forma de comunicação “moderna”
para maiores relações. Logo entendi o comportamento do jovem atual: se você não
se enquadrar no dialeto automaticamente estará excluído. Pertencerá a uma
minoria de “Nerds”. Para muitos “elogios”, para outros significa “enclausurar-se”
na exclusão.
Bem,
eu comparei os jovens às crianças. Logo, precisaria analisar o comportamento
das crianças para “tirar a prova dos nove” como dizia meu avô. Então me propus,
também, a observar um determinado grupo de crianças. E o que observei foi muita
inocência junto à necessidade de um pensamento adulto ou ao menos estar
compatível com o pensamento jovem em seu desenvolvimento natural.
Percebi
uma necessidade das crianças em sair da rebeldia natural e caminhar para uma
consciência ainda não esperada na normalidade da fase. Observei jovens
abandonando a consciência e migrando para a rebeldia. Conclui, então, que a criança
sente a necessidade de chamar atenção enquanto que os jovens querem desviar
essa atenção.
A
criança tem a “liberdade” que o jovem quer. O jovem por não querer ser
comparado a uma criança, se “rebela” para ter essa liberdade. Logo, podemos
dizer que é uma atitude infantil, pois a criança faz birra quando quer ou não algo.
O
dialeto de que trata o texto nada mais é que uma forma
rebelde dos jovens se comunicarem. De desfocar a atenção dos Pais. O dialeto em
questão cria um grupo que torna os Pais menos acessíveis e mais distantes. E os
Jovens mais livres.
É a psicologia
inversa nas relações entre Pais e Filhos. Muitos Pais já compreenderam essa
analogia e para ficarem mais próximos dos filhos tentam se adequar aos
linguajas e comportamentos dessa nova geração. Mas tudo isso é
incutido pelos programas televisivos através de mensagens subliminares. Ou
através de temas polêmicos que estão constantemente sendo abordados.
Com
objetivo de atentar para a situação citarei o seguinte questionamento extraído
da internet para enfatizar os meus.
“Televisão que visão é
essa?”
Eu já fui um fool young ''televisionado'', punk de madame, rebelde sem causa, pixador de paredes e que ia para a praça pisar em flores recém-plantadas e assustar senhoras com minha aparência agressiva por me vestir todo de preto usando mil e uma munhequeiras com espinhos, enchendo a cara de vinho e arrumando confusão por metro quadrado. A juventude é bela e idiota. Como tudo era tão simples.
ResponderExcluirGostei da postagem, parabéns.
Ed Carvalho
Poxa, Ed, obrigada!
ResponderExcluirCadê seu blog...Gosto do que vc escreve. E seu livro? É por força da idade cheguei a esta conclusão...Bem Concordo com a frase "A juventude é bela e idiota"...Verdade! E agora mais ainda...Com essa idéia de familia...Direto no celular...iiiiiiii...Não dá!