quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

“Cherandu a arco”...uma variante do vocabulário amapaense...

Colegas! Foi muito hilário e gostaria de compartilhar com vocês. Minha mãe tem uns visinhos interioranos. Faz parte da formação, da origem cabocla da população amapaense. Verdade?
Já ouvi expressões com acréscimos de letras, trocas e, até mesmo, a falta de algumas sílabas. Mas, ouvir uma frase inteira carregada de letra “R”, foi a primeira vez.
Contive-me na hora, por se tratar de uma pessoa muito humilde e de poucas oportunidades, certamente. Uma vizinha muito “gente fina”, como se diz. E, também, por ter mais idade que eu. O respeito aos mais velho, segundo os costumes.
Então, em conversas do cotidiano (fofocas), a tal senhora expõe o ocorrido em sua residência com um de seus filhos, o chamado Ró. O próprio apelido é muita coincidência. Nunca vou esquecer esse dia.
Explica a senhora à minha mãe: 

 - Pus minha mana! O Ró untem chegu essas artas horas da nute, cherandu  a arco. Artu a rede essas artas arturas e, de manhã, ainda quis arterar cum pai. Ai, minha mana, me deu uma raiva...

Juro. Achei tão interessante e engraçada as expressões, que saí de fininho, sem olhar pra ninguém, senão, iria rir. Fui até a minha casa, peguei a minha agenda e anotei até o dia e a hora em que escutei.
Certamente, aquela ocasião tratava-se de um final de semana daqueles. Aqueles costumeiros em determinados bairros de Macapá. Realidade da falta de perspectiva dos reféns do álcool, da droga e do desemprego. Da falta de ações de inclusão social.
Bem! Mudando um pouco de assunto, pois a situação permite-me entrar em outro. Se pagamos impostos, deveríamos saber o destino de nosso dinheiro. Na verdade, só deve ter dois destinos, mas só temos a certeza de um; vai para os cofres públicos. E o outro? A que se destina?
Tem dinheiro federal voltando por falta de políticas públicas. Não se consegue nem justificar a que se investir.
Cadê nossos governantes? Os representantes de nossos interesses. Será, realmente, que estão preparados ou ao menos, preocupados em defender os nossos direitos? Deveriam, afinal, nós os elegemos para essa função. Mas parece que estão defendendo mais os seus e os dos outros. Os nossos estão sempre ficando pra depois...e quando ficam...
A realidade nos mostra que a população amapaense ainda se posiciona como menos esclarecida, mas que vem apresentando vestígios de consciência. Assim, nos mostra a transição política atual.
Apostamos, ao menos, que a nova gestão faça jus as nossas escolhas. Que não fique a idéia de que “novo governo” entende-se como “mudança no quadro de pessoal”, mas sim, mudança de políticas públicas e sociais que realmente venham beneficiar. O povo merece!
Voltando ao assunto anterior...Seria, o vocabulário acima citado, um presumo da posição política local?
Vamos atinar para esse mal!
Ser cidadão é ser participativo e não acomodado!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os rumos contrários da política do contracheque

É! Parece que o resultado da política no Amapá surpreendeu inúmeros grupos que vinham se articulando após a divisa dos partidos que estavam no comandando, em oito anos, do atual governo. Essa divisão oportunizou a candidatura de dois majoritários. E, consequentemente, nenhum dos dois candidatos alcançaram resultados positivos. Resultado que uniu novamente esses grupos no mar das “preocupações”. A tal situação beira a gestão atual interferindo, até mesmo, no andamento das atividades de governo. Logo, o governo estagnou.
Só se fala em falta de dinheiro... Mas não se fala em falta de ânimo. É o que se vê!
Tentar estimular um grupo que, além de não dispor de recursos para trabalhar, tem a consciência de que está suscetível a sair da política do contracheque.  Não deve ser fácil mesmo.
É tão costumeira essa realidade, que não se dão o trabalho de pensar nos quatro anos de faculdade, daquele curso técnico feito, dos títulos alcançados, da competência. Afinal, oito anos, é uma boa experiência. Imaginem aquele pobre coitado que não teve essas oportunidades, como deverá pensar?
Acompanhando essa realidade me proponho a pensar que o problema do desemprego não está na falta de oportunidades, mas sim, na falta da procura.
Não existe oportunidade única, existem várias oportunidades. Se não dá mais aqui, dará ali. Essa é a política do capitalismo.
E, diante de todos esses fatores, ainda tem indivíduos acreditando na competência para se articular. Apostando na oportunidade de ficar por mais alguns anos. O que nos resta é desejar boa sorte a todos. Afinal, se vivemos essa realidade é porque merecemos. Mas não vamos deixar de desejar boa sorte, também, aqueles que se dão o luxo de não merecê-la.
Viver essa realidade é ótimo, ruim é sair, pior é entrar!
Estou triste por todos nós!
Que o novo ano seja próspero para todos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Quer um conselho?

Nunca fales mal de alguém hoje se o destino implica no amanhã.
Poderás optar pelo ceticismo sem discordar de tudo para não se tornar chato demais.
O ato de deglutir começa pela visão, portanto, os olhos se perdem na elegância e não na vulgaridade.
Beleza se engole, feiúra se traga e a maldade se ingere.
Eficiência se mede com capacidade e não com autoridade.
A inteligência está na cabeça, mas não seja um camarão.
O articulador tem fama de puxa saco.
O mentiroso tem sempre fama de idiota.
Para acontecer o ciclo vital tem que haver morte. Mas não precisa matar ninguém.
Não confunda simplicidade com ingenuidade. A simplicidade é doce e rica. Ingenuidade é pobre e deplorável.
Rir com o coração é o melhor remédio ao ser humano. Chorar com emoção é a maior alegria ao coração.
O pior preconceito e não aceitar a si próprio. A repulsa do eu, bloqueia as ações externas, causando baixa estima e práticas de suicídio. Não seja vítima disso. Seja você! E ponto final.
Entre opostos existe parceria e não amizade. E quando não tem ponto final, tem intrigas. Isso vale, também, para o casamento e negócios.
Família é que nem eletrônicos; precisa de manutenção (amor) e avaliação (conversa). Do contrário dá problema.
Genros e noras se igualam a produtos; se não passar pelo teste de qualidade do INMETRO (sogra), sai do marcado (família).
Parente é que nem festa, só é melhor no final de semana.
Namoro é que nem comida; se for todos os dias, enjoa.
Casamento é como uma tempestade; depois de umas boas trovoadas tudo fica normal.
Mulher bonita é que nem carro caro. O custo é alto, tem que ter cuidado e só dá problema.
Mulher feia é que nem investir em um novo negócio; quando se tem consciência do mau empreendimento vem o arrependimento.
A verdadeira beleza não é o estilo mulherão. Está no que você fala e no que você faz.
O conjunto vazio tem muito mais importância que a tua superficialidade.
E para finalizar, não poderia esquecer dos “homens”. Porque de homem não se fala, se comenta e dá risadas.
Se for bonito, fala merda;
Se for feio, falam mal;
Se for rico, é idiota;
Se for pobre; ninguém quer;
Homem solteiro; não tem papo
Homem casado; não presta
Homem “inteligente”: fala de álcool, mulher e sexo.
Homem burro: é bombado e arrumadinho.
Homem “esperto”: só vê bunda, peito e nada de conteúdo. Geralmente casa com loura gostosa e superficial.
Homem “safado”; Enquanto ele pensa em colocar um chifre, já levou mil. Sempre comenta com os amigos as gatinhas que está pegando quando vira as costas os amigos comentam os chifres que está levando e, ainda, pensa que está abafando.
Assim como as mulheres o homem é sempre mal visto: se andar com mulheres é gay. Se andar com homens é viado. A mulher: se andar com homens, faz programa. Se andar com mulheres é lésbica.
Afinal, a sociedade é taxativa e o indivíduo é o culpado.