sexta-feira, 2 de março de 2012

Literalmente “vidiotas”, voltamos a ser criança!


A obra Vidiota do Autor Jerzy Kosinski que retrata a vida de um jardineiro, a qual se resume a cuidar de um jardim e assistir televisão. Ele passa a ver o mundo pela tela da TV e sua linguagem vira a expressão deste condicionamento. Um breve resumo extraído do livro que norteará minhas reflexões adiante.
A reprodução de tudo aquilo que assistimos na TV é muito curiosa quando passamos a avaliar o comportamento do indivíduo atualmente.
O mais intrigante é que enquanto estamos preocupados com a suscetidabilidade das crianças às influencias por propagandas e programas de televisão, devido à falta de discernimento, por ainda estarem em processo de desenvolvimento intelectual, os jovens, aqueles mais intelectualizados, também estão sujeitos a esse quadro inquietante.
Quadro que me leva a outros questionamentos partindo da premissa de números significantes de Pais jovens na sociedade brasileira atual.  Como jovens de hoje podem ser Pais se ainda estão criança? Como podem ensinar seus filhos a avaliarem os conteúdos televisivos se estão sendo influenciados por eles? E se os filhos reproduzem o comportamento dos Pais? A resposta é evidente.
Queria entender melhor a situação para desenvolver com mais clareza o título em questão. Então, me propus a observar por meia hora, jovens universitários em um diálogo “cabeça” como se diz. Percebi, então, que todo aquele linguaja comparava-se ao da novela “Malhação” da TV Globo. Passei minutos acreditando estar “velha” por não conseguir acompanhar e muito menos compreender o dialeto “moderno” ou “modista”. Sei lá!
Até aí sem problemas. Depois notei um processo intrínseco de exclusão automático. Mais do que nunca, compreendi a necessidade da forma de comunicação “moderna” para maiores relações. Logo entendi o comportamento do jovem atual: se você não se enquadrar no dialeto automaticamente estará excluído. Pertencerá a uma minoria de “Nerds”. Para muitos “elogios”, para outros significa “enclausurar-se” na exclusão.
Bem, eu comparei os jovens às crianças. Logo, precisaria analisar o comportamento das crianças para “tirar a prova dos nove” como dizia meu avô. Então me propus, também, a observar um determinado grupo de crianças. E o que observei foi muita inocência junto à necessidade de um pensamento adulto ou ao menos estar compatível com o pensamento jovem em seu desenvolvimento natural.
Percebi uma necessidade das crianças em sair da rebeldia natural e caminhar para uma consciência ainda não esperada na normalidade da fase. Observei jovens abandonando a consciência e migrando para a rebeldia. Conclui, então, que a criança sente a necessidade de chamar atenção enquanto que os jovens querem desviar essa atenção.
A criança tem a “liberdade” que o jovem quer. O jovem por não querer ser comparado a uma criança, se “rebela” para ter essa liberdade. Logo, podemos dizer que é uma atitude infantil, pois a criança faz birra quando quer ou não algo.
O dialeto de que trata o texto nada mais é que uma forma rebelde dos jovens se comunicarem. De desfocar a atenção dos Pais. O dialeto em questão cria um grupo que torna os Pais menos acessíveis e mais distantes. E os Jovens mais livres.
É a psicologia inversa nas relações entre Pais e Filhos. Muitos Pais já compreenderam essa analogia e para ficarem mais próximos dos filhos tentam se adequar aos linguajas e comportamentos dessa nova geração. Mas tudo isso é incutido pelos programas televisivos através de mensagens subliminares. Ou através de temas polêmicos que estão constantemente sendo abordados.
Com objetivo de atentar para a situação citarei o seguinte questionamento extraído da internet para enfatizar os meus.
“Televisão que visão é essa?”